Contei isso pras minhas amigas que me chamaram de louca. Uma inclusive me disse que após um tempo de casado, o homem só presenteia a mulher em ocasiões especiais. Senão estimularmos isso corremos o risco de não receber presente nunca mais. Mas será que oferecer algo material realmente é necessário?
Desde pequena fui estimulada a associar o consumismo à momentos especiais. No meu aniversário e no natal sempre recebia uma enxurrada de brinquedos. Minha mãe teve uma infância muito pobre, e quis oferecer aos filhos tudo que não teve. Esses momentos me deixavam muito feliz, afinal, não tinha renda própria, e só assim poderia receber o objeto desejado. Mas era uma felicidade passageira. Logo enjoava da maioria dos brinquedos recebidos, que iam para o fundo do armário.
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Patricinha feliz no Natal |
O tempo passou, e hoje sou independente e posso comprar quase tudo que quero. Não há nenhum produto que o meu marido possa me dar que eu mesma não possa adquirir. Sei que para ele frequentar shopping é um programa chato, escolher algo numa loja feminina é quase uma tortura. Então para que submete-lo a isso? Para que força-lo a gastar o nosso dinheiro em algo que talvez não me agrade, ou que não esteja precisando? Será que oferecer um vestido, uma bolsa ou um acessório é realmente uma boa forma de se demonstrar o amor? Ou apenas a maneira mais fácil?
Prefiro nos presentear com momentos. Viagens, passeios, jantares especiais. A felicidade proporcionada por um momento é muito mais duradoura, o sentimento bom volta cada vez que aquele dia vem a memória. Infelizmente ainda não consegui passar essa filosofia à minha família, que é muito materialista e fica super triste se não receber um objeto em uma data especial. Espero conseguir criar meus filhos com uma mentalidade diferente.
E vocês caros investidores frugais, conseguem sobreviver as comemorações sem tocar no bolso?
Beijos da Pati